Benchmarking: O "Primo do Marketing" que anda de mãos dadas com a inteligência competitiva
- Mónica Almeida
- 8 de set. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de out. de 2024

Neste artigo, iremos explorar como o benchmarking sugre como um aliado indispendável à inteligência competitiva, especialmente no contexto das pequenas empresas em Angola. Com um tom ligeiramente irónico (habitual da made), vamos lançar luz sobre por que considerar o benchmarking como o "primo do marketing" que, embora seja muitas vezes esquecido, pode ser a chave para desbloquear o sucesso estratégico.
Que não se enganem com o "primo" pois esse parente não é só de conversa fiada. Quando bem utilizado pode ser um verdadeiro aliado para pequenas empresas que se queiram destacar no mercado. E, sejamos honestos, muitas pequenas empresas em Angola ainda estão a tentar entender o que diabos é o benchmarking. Spoiler alert: Não tem nada a ver com sentar num banco. É na verdade um processo de comparação com os melhores do mercado para melhorar as suas próprias práticas. Simples assim. Ou será que não?
O que é o benchmarking e por que deveria importar a pequenas empresas?
O benchmarking, ao contrário do que alguns poderão pensar, não é apenas uma palavra da moda em círculos de gestão. Trata-se de um processo estruturado de aprendizagem das melhores práticas - seja ao copiar do vizinho ou inspirar-se em sectores completamente diferentes. É a forma mais honesta de admitir que, por vezes, os outros fazem algo melhor que nós, e não há vergonha em querer aprender com eles. Sobretudo em Angola, onde o ambiente empresarial pode ser menos previsível do que as próximas nuances no mercado de petróleo.
Como funciona na prática? Bem, imagina que tens uma pequena loja de roupas em Luanda. Em vez de estares a "choramingar" sobre como as grandes redes estão a dominar o mercado, que tal usar o benhcmarking para entender o que estarão elas a fazer de tão especial? E não, "roubar" funcionários da concorrência não conta como benchmarking.
Inteligência competitiva: vamos espreitar por cima do muro do vizinho?
Agora, com o benchmarking na bagagem, juntamos a inteligência competitiva, que não é mais do que um olhar atento para o que acontece dentro e fora do campo de jogo. É um esforço vigilante para analisar tendências, dinâmicas de mercado e, sim, espreitar o que os outros estão a fazer. É como ter um um crystal ball do mundo dos negócios, só que baseado em dados reais e não em palpites de cartomante, ou para que lado vem o vento (passar o indicador na língua levemente e esticar a mão para o ar... conseguem sentir de que lado vem o vento?)
O mais brilhante ainda é que não é necessário sermos génios do marketing ou termos um orçamento milionário para implementar essas práticas. Com um pouco de criatividade e persistência, até mesmo as menores empresas podem beneficiar-se dessas ferramentas.
A realidade das pequenas empresas em Angola, muitas vezes as obriga a serem ágeis e adaptáveis. Neste contexto, o benchmarking proporciona os parâmetros comparativos necesários para definir metas realistas e estratégias operacionais que assegurem o seu desempenho. É como ter aquele mapa raro que revela caminhos pouco trilhados, mas potencialmente mais directos para o crescimento e sucesso.
Tentações ocultas do primo do marketing
O benchmarking é frequentemente considerado um "primo" do marketing, não só porque utiliza dados comparativos para se posicionar diante da concorrência, mas também porque oferece perspectivas diferentes que moldam decisões estratégicas. Porém, não se enganem, ele é aliado também a outras áreas do negócio, revelando onde estão as falhas e onde há potencial.
Na prática, integrar benchmarking e inteligência competitiva pode parecer tão complexo quanto desvendar o código de uma bomba nuclear, mas não é. É um artifício bem pensado para fortalecer as empresas a partir de dentro. Ao compreender os movimentos dos concorrentes e o ambiente de mercado, pequenas empresas podem ajustar estratégias, transformar melhorias em processos e até inovar com base em aprendizagens externas - sempre naquela linha ténue entre copiar inteligência alheia e promover inovação genuína.
Sugestão para as PME: Trocar as rodas do carro em movimento
Monitorização constante: integrar um processo regular de benchmarking para monitorar a competição e o entorno do mercado.
Aprendizagem cofre-aberto: Estabelecer redes de conhecimento onde o benchmarking e a inteligência competitiva alimentam o crescimento organizacional.
Crafting da aliança: Usar abordagens de benchmarking para criar colaborações estratégicas
Adaptação e acção rápida: Promover uma cultura que não apenas adopta descobertas de benchmarking, mas também age rápido para implementá-las de forma eficaz.
Com isso, deixo uma reflexão final: enquando buscamos o nosso espaço de destaque em meio à competitividade, que nunca esqueçamos de olhar ao redor (e aprender com isso) antes de dar grandes saltos. Porque, no fim, o primo benchmarking estará sempre por perto, pronto para nos dar uma lição - se estivermos dispostos a ouvir.
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